Portal das Jornadas
 
 

Você está em: Depoimentos

 

Depoimento de autores


Participar de uma Jornada Literária significa sentir um Brasil vibrante que se encontra em torno da leitura e da educação. Já no aeroporto encontro amigos que trabalham pela mesma causa. Ao chegar em Passo Fundo, o otimismo e entusiasmo nos olhos de quem nos acolhe e o mergulho num furacão de ideias, sorrisos, leituras, crianças e educadores.

Cada Jornada Literária em Passo Fundo é vitamina pura concentrada, que fortifica a vontade de ser e fazer. Obrigado Tania Rösing e equipe, que Deus ilumine a todas e todos, prolongando por muitos e muitos anos este trabalho que ilumina.

                                                                                  Gian Calvi

 

Da primeira vez em Passo Fundo, a gente nunca esquece. Foi assim, entramos em fila indiana, no tablado que servia de palco, Ana Maria Machado, Silviano Santiago, J.J. Veiga e eu. E levamos, todos, o mesmo susto que muitos haviam levado antes, e muitos levariam depois: uma multidão à nossa espera. Brinquei com Silviano: “Acho que erramos o lugar, essa platéia deve estar esperando o Chico Buarque”. Só mais tarde fiquei sabendo que a piada era velha e se repetia a cada jornada em Passo Fundo. Mas era a minha primeira vez, e a gente sempre comete uma ou outra bobagenzinha. E além do mais, cá entre nós, escritor, neste país, não está nem um pouco acostumado a ter público, e ainda mais do tamanho gigantesco que Passo Fundo reúne a cada Jornada.  

                                          Eric Nepomuceno

 

Hier bitte ein Statement auf deutsch. Meine lieben Freunde in Passo Fundo, Herzlichen Glückwunsch dafür, daß ihr in dieser Stadt seit drei Jahrzehnten ein Literaturfestival, die Jornadas literarias, veranstaltet! So lange schon! Ich erinnere mich gern an meine Teilnahme 1991, als mir die Knie zitterten vor Angst angesichts der drei, vier Tausend Zuhörer in der Basketballhalle! Über diese beeindruckende Lesung habe ich sogar eine Erzählung geschrieben - mit dem Titel: Passo Fundo. Sie wurde in Deutschland mehrmals gedruckt, zuletzt in meinem Buch "german writing", erschienen im Suhrkamp Verlag, Frankfurt/M. 2006. Es ist die Geschichte eines Schriftstellers, der in einen unbekannten, fernen Ort fährt und dem dort völlig überraschend ein ganz besonderer Literaturpreis verliehen wird, die Trofeu Vasco Prado. Ein Preis, den am Ende allerdings jeder angereiste Autor bekommt und auch verdient.

Mit den besten Grüßen aus Berlin von O berlinense diplomado, ganz herzlich: Bernd Cailloux.

(P.S. Auf Wunsch schickt Ihnen der Suhrkamp Verlag auch das Buch "german writing" mit der 15-seitigen Erzählung "Passo Fundo"). 

                                                                             Bernd Cailloux

 

Em 1981 havia poucas livrarias em Passo Fundo. Agora, há mais de dez. Nestes trinta anos, a cidade ficou tão letrada que foi elevada, por lei federal, à condição de Capital Nacional da Literatura. E isto graças a uma iniciativa pioneira da UPF, que alia um trabalho profícuo de formação de leitores, interação de escritores, professores e pensadores com o público, e que a cada realização aumenta mais. Além de crescerem, tornando-se a maior movimentação cultural do país, as Jornadas Literárias Nacionais de Passo Fundo servem de exemplo e incentivo para eventos congêneres que hoje se multiplicam por praticamente toda a Federação, além de promoverem um dos maiores prêmios literários do país (150 mil reais), o Zaffari & Bourbon. E tudo sob o comando da dinâmica professora Tania Rösing. Longa vida para ela e suas Jornadas, que são de todo o Brasil.

                                                                                        Antônio Torres 

 

Por favor, faço aqui uma declaração em alemão. Meus queridos amigos de Passo Fundo, parabéns por vocês terem organizado nesta cidade há três décadas um festival literário, as Jornadas Literárias! Quanto tempo! Recordo com prazer a minha participação em 1991, quando meus joelhos tremiam de medo diante do rosto de três, quatro mil pessoas no salão de basquete! Sobre essa leitura impressionante, eu até escrevi uma história  intitulada: Passo Fundo. Ela foi impressa várias vezes na Alemanha, mais recentemente em meu livro Escrita alemã (escrever em alemão), publicado pela Suhrkamp Editora, Frankfurt/M, 2006. É  a história de um escritor que se muda para um local desconhecido e remoto,  o qual não fica totalmente surpreso ao ver um prêmio especial de literatura ser concedido a ele, o Troféu Vasco Prado. Um preço que fica no final. No entanto, cada autor tem viajado e bem merecido. Com os melhores cumprimentos de Berlin o berlinense diplomado, sinceramente:                          

                                                                            Bernd Cailloux

 

Devo minha carreira, hoje com mais de vinte títulos publicados e com vários prêmios alcançados, à Jornada de Literatura de Passo Fundo a partir do primeiro prêmio aí conseguido em 1992.

Como consequência, continuei a escrever, mas também criei a WS Editor e meus dois projetos de leitura (Autor na Sala de Aula e Comunidades Leitoras), pois constatei a falta de espaço no mercado editorial para autores novos. Assim, ajudei a lançar dezenas de autores, alguns com reconhecimento nacional e premiadíssimos, inclusive pela própria Jornada de Literatura de Passo Fundo.

Enfim, se a vida inteira sonhei literatura, a Jornada foi uma das portas que me abriram para que meus sonhos acontecessem. Sou grato pela oportunidade, inclusive de conviver com nomes admiráveis tanto no ambiente da Jornada (o circo) quanto no hotel (a grande confraternização).

E dedico grande respeito a toda equipe produtora do evento, principalmente à Tania Rösing, generalíssima, que, se não fosse como é, talvez a Jornada não estivesse ainda atuante... E respeito demais essa moça, pois, por várias vezes, me permitiu dar sugestões, desde a noite em que recebi o prêmio na segunda edição do Josué Guimarães, algumas das quais foram humildemente acatadas por ela.

                                                                                                           Walmor Santos

 

Tive o prazer de participar das Jornadas em dois momentos bem afastados, em 1989 e 2009. Constatei que, se o evento cresceu muito em organização e magnitude, manteve desde o início o calor humano e a descontração que o caracterizam até hoje. Nas duas vezes o "mar de gente" impressionou - no primeiro caso, um ginásio lotado de professoras, e no segundo, várias tendas repletas de alunos. Mas não é o dado quantitativo que marca. Impressionante é ver de fato um mar de leitores - de adultos e crianças que leem, conhecem a obra e os autores. Não sei como conseguem isso. Sem dúvida, é fruto de muito trabalho prévio. Como ilustrador e autor de livros em quadrinhos, fico muito feliz ao ver que em algumas partes do Brasil pessoas se esforçam para formar leitores.                                                                                                                                                                                                                                                           

 Spacca