A Jornada Nacional de Literatura de 2013 está voltada ao futuro e ao hoje, porque como toda grande ideia e toda grande obra, não vive sem o que virá e o que está vivendo.  “Leituras jovens do mundo” é o tema. Falaremos sobre os jovens, falaremos com os jovens, ouviremos os jovens e nos transformaremos com eles, pois é do jovem a vida em frente, as mudanças urgentes, a vida hoje.

O mundo da atualidade passa por um processo jamais visto na história humana. Como um adolescente, desenvolve-se com a velocidade que ultrapassa mesmo a capacidade do olhar. A cada dia apresenta uma nova alternativa, concretiza-se em mutações extremas, renova-se em conceitos líquidos e dissolve as coisas sólidas que desmancham no ar. Nada mais é fixo, nada mais é profundamente verdadeiro, mesmo real. Mas esse mundo multifracionado, instável como um jovem em crise, apaixonante e instigante, é nosso, e mais: deve estar sob nosso cuidado. Por mais poderoso que seja, ele depende da proficiência crítica e da sensibilidade dos sujeitos que se manifestam em diferentes espaços.

E é dos sujeitos do futuro o destino daquilo que persiste das grandes ideias e das grandes obras.  São esses jovens, instáveis e sábios, renitentes e obstinados, conectados às mídias ou distantes dos centros de poder, os “caras” que levam consigo a promessa do amanhã, mesmo que nem mesmo eles tenham muita consciência disso. Cabe a quem está por aqui agora fazer deles os ativos guardiões de belezas e reflexivos fazedores de ideias e de obras para o amanhã, pois o mundo é um jovem a ser lido e há nele uma “galera” toda potencialmente aberta às obras, às ideias e às “Leituras jovens do mundo”.